Patrono

Patrono: Ramez Tebet

Cadeira: 39

Seção: Ciênicas (Política)

Filho de Taufic Tebet e Angelina Jaime Tebet, vindo de uma tradicional família árabe-brasileira de Três Lagoas, próxima a outras famílias como a de  Martins Rocha. Ramez Tebet formou-se em  Direito pela  Faculdade Nacional de Direito da  Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1959.

Casado com Fairte Nassar Tebet, teve os seguintes filhos: Simone , Senadora da República por  Mato Grosso do Sul e atual Ministra do Orçamento; Eduarda,  médica; e os gêmeos Rodrigo, Professor , e Ramez, também advogado.

Entre 1961 e 1964 Ramez exerceu o cargo de promotor público em sua cidade natal,  Três Lagoas . Nos anos seguintes, dividiu-se entre a advocacia e o magistério

Política

Primeiros anos

Em 1975 foi nomeado prefeito de sua cidade natal. Como prefeito, suas maiores obras em  três Lagoas foram: a rodoviária municipal e o Ginásio de Esportes Cacilda Acre.  Deixou o cargo ao ser empossado como secretário de Justiça do estado de Mato Grosso do Sul.

No ano seguinte, tornou-se  deputado estadual na primeira legislatura, da então recém-nascida,  Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Nesses anos como deputado estadual, foi o relator da constituinte  e participou ativamente dos trabalhos de elaboração da primeira Constituição do estado.

Deixou a Assembleia Legislativa para ocupar a vaga de vice-governador de  Wilson Barbosa (PMDB)  na chapa que seria eleita para governar o Estado na primeira eleição direta para os governos estaduais desde a implantação da  ditadura militar. Em 14 de março de 1986, quando Wilson se afastou para concorrer ao Senado, Ramez assumiu o governo. Seu mandato se estendeu até 15 de março de 1987, quando deu a posse ao sucessor Marcelo Miranda Soares (PMDB).

Entre 1987 e 1989 atuou como Superintendente de Desenvolvimento do Centro-Oeste, no Sudeco.

Ministro da Integração e presidente do Senado

Em 1994 foi eleito senador.

Destacou-se no Senado brasileiro na presidência da Comissão Parlamentar de inquérito – que investigou o Poder Judiciário – e do  Conselho de ´Tica e Decoro Parlamentar do Senado. À frente desses cargos, investigou o episódio da quebra do sigilo do painel eletrônico do Senado em 2001 e o esquema de desvio de verbas da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM). Assim, levou à inédita cassação de um senador – Luís Estêvão , em 2000 – e à renúncia de outros três – Antônio Carlos Magalhães (PFL- BA), Jader Barbalho (PMDB- PA) e José Roberto Arruda (PSDB- DF).

Em junho de 2001, Ramez Tebet foi nomeado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso como ministro da Integração Nacional , mas permaneceu no cargo somente três meses. Em setembro de 2001, com a renúncia de Jader Barbalho, um amplo acordo político de emergência resultou na saída de Ramez do ministério para ser eleito presidente do Senado, posição que ocupou até 1 de fevereiro de 2003, tendo dado no dia 1º de janeiro daquele ano posse ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Admitido à Ordem do Mérito Militar em 1998 no grau de Comendador especial pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, Ramez foi promovido por FHC em abril de 2002 ao grau de Grande-Oficial.

Mais tarde no mesmo ano, foi reeleito com a maior votação já obtida por um político de Mato Grosso do Sul – mais de setecentos e trinta mil votos. Nessa legislatura, esteve envolvido com temas importantes da  agenda política nacional, como a Reforma Tributária. Foi, também, o relator da nova Lei das Falências.

Em março de 1984, curou-se de um câncer no  esôfago. Em outubro de 2004, o câncer reapareceu e Ramez lutou contra ele até seu falecimento, dois anos depois.

Quando de sua morte, era senador em segundo mandato pelo  PMDB e titular das duas comissões mais poderosas do Senado, a Comissão de Constituição e Justiça e a Comissão de Assuntos Econômicos. Seu mandato no Senado Federal terminaria em 2011 e foi substituído por seu primeiro suplente,  Valter Pereira.