Acadêmico

Acadêmico: Jorge Kalil 

Cadeira: 04  

Patrono: Dr. Adib Jatene

Membro: Titular

Seção: Ciências (medicina)

Eleição: 04/11/2022

Posse: 12/11/2022

Sob a presidência: José Roberto Tadros 

Antecessor:

Jorge Kalil é Professor Titular de Imunologia Clínica e Alergia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Diretor do Serviço de mesmo nome no Hospital das Clínicas, Diretor do Laboratório de Imunologia, Instituto do Coração e Diretor Presidente do Instituto Todos pela Saúde, desde 2021. Ele é professor adjunto das Faculdades de Medicina das Universidades George Washington, DC e, Case Western Reserve, Cleveland, ambas nos EUA.

Representa o Brasil no Instituto de Engenharia Genética e Biotecnologia (ICGBE), órgão da ONU. Desde 2001, coordena o iii-Instituto de Investigação em Imunologia, um dos INCTs (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia). É pesquisador 1A do CNPq. Além disto, é codiretor do Centro de Excelência da FOCIS/EUA (Federação das Sociedades de Imunologia Clínica) em São Paulo e membro do Conselho da Plataforma USP/Instituto Pasteur. É membro do Data and Safety Management Board do governo norte-americano para supervisão de todas vacinas anti-COVID-19 testadas nos EUA e do IPG, Independent Production Group da iniciativa COVAX, OMS, CEPI e GAVI para aceleração de vacinas anti COVID no mundo. É também membro do CTAI /PNI (Comitê Técnico Assessor de Imunizações – MS – desde 2017. Graduado em Medicina (UFRGS/1977), é mestre em Imunologia e Imunogenética e Doutor em Ciências em Biologia Humana (Imunologia), ambos pela Universidade de Paris, títulos obtidos trabalhando no laboratório de Jean Dausset (Prêmio Nobel 1980 pela descoberta do sistema HLA).

Kalil é dedicado ao estudo dos mecanismos de reconhecimento imunológico e distinção do próprio e não próprio. Ele contribuiu para a compreensão dos mecanismos de rejeição e tolerância dos transplantes de órgãos.

Ele descreveu como microrganismos induzem a quebra de tolerância levando à Febre Reumática, contribuição inédita do mecanismo das doenças autoimunes. Como evolução destas descobertas passou a interessar-se por vacinas. Ele atualmente desenvolve vacinas contra estreptococo, HIV, dengue e COVID em estágios científicos avançados.

Sua produção científica registra mais de 680 entradas no Web of Sciences (ISI) e várias patentes. Foi professor visitante e codiretor do laboratório HLA, Stanford School of Medicine (1991/2) e International Scholar do Howard Hughes Medical Institute (1991-1995). De setembro de 2018 a setembro de 2019 foi “Distinguished Visiting Professor” da Harvard Medical School. Ele foi Presidente do InCor (2006-2008) e Presidente do Conselho da Fundação Zerbini (2006-2017) tendo recuperado a Instituição que estava em enormes dificuldades organizacionais e financeiras.

Foi Diretor do Instituto Butantan (2011-2017) e Presidente do Conselho da Fundação Butantan (2012-2015). No Butantan lançou a produção da vacina influenza, desenvolveu a vacina da dengue até início de ensaio clinico fase 3 e reformulou toda gestão da FB tendo multiplicado por seis seu faturamento. Foi Presidente da IUIS (International Union of Immunological Societies) de 2013 a 2016, fundador e primeiro Presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgão (ABTO), fundador e primeiro Vice-Presidente da ALAI (Associação Latino Americana de Imunologia), Presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia e membro da diretoria da FOCIS (2010-2016).

Foi chefe do Departamento de Clínica Médica da FMUSP, Vice-Diretor Clínico do Hospital das Clínicas e presidente do Comitê de Ética em pesquisa (CAPPesq). Ele presidiu o XIII Congresso Internacional de Imunologia no Rio (2007). Na administração da Ciência Brasileira, Kalil serviu no Programa Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PADCT) do Banco Mundial como Coordenador do Grupo Técnico de Biotecnologia e no Comitê de Gestão. No CNPq foi Coordenador do Comitê de Biomedicina, Coordenador do Comitê de Avaliação do PRONEX e membro do Conselho Consultivo da FINEP.

Foi assessor em imunobiológicos do Ministro Adib Jatene (1993-1995). Membro da Academia Brasileira de Ciências desde 1995. Foi condecorado por Presidentes do Brasil, primeiro como comendador, depois com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico e, como Grande Oficial da Ordem do Mérito Médico, e, ainda pelo Presidente da França como Cavaleiro da Ordem Nacional do Mérito. Dentre os vários prêmios recebidos no Brasil e exterior, destaca-se o da Academia Mundial de Ciências (TWAS) em 2005, pela quebra de tolerância por agentes microbiológico, o Primeiro Prêmio Unibanco pelo trabalho sobre Febre Reumática (1997) e o Prêmio de Ciência da Fundação Conrado Wessel, pela sua contribuição a transplantes. Em 2013 foi agraciado com a Medalha do Mérito Legislativo, concedida pela Câmara dos Deputados. Recebeu a Medalha da Vitória do Ministro de Defesa, o Prêmio Biotech-Space Award concedido pela escolha de uma rede de biotecnologia composta por mais de 2000 pesquisadores e estudantes além do Título de “Médico do Ano” pela Hospitalar. Foi-lhe outorgado a distinção de “Imunologista do Ano” por suas contribuições científicas pela Sociedade Brasileira de Imunologia. É Doutor Honoris Causa pela Universidade Paris Sorbonne Universités, França, e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Recebeu o título de membro do Colégio Real de Medicina do Reino Unido (Fellow of the Royal College of Physicians – London – FRCP). Foi diretor-proprietário do laboratório de Patologia Clínica do Hospital Sírio Libanês, membro do conselho médico do hospital e criador e primeiro presidente do Conselho de Ensino e Pesquisa do mesmo hospital. Dirigiu laboratórios clínicos, também, no Hospital Mãe de Deus em Porto Alegre e Santa Helena em São Paulo. Criou e coordenou o Conselho Médico-Científico da EMS, principal empresa farmacêutica do Brasil. Atualmente é presidente do conselho científico do Instituto de Ensino e Pesquisa da DASA, E também membro dos conselhos diretores das empresas de biotecnologia francesas Diaccurate e Spikimm. Atuou ativamente durante a pandemia em estudos científicos, mas também no combate à desinformação e noticias falsas. Como consequência, seus comentários apareceram em cerca de 6500  publicações na imprensa escrita, falada e televisiva nacional e várias internacionais.

“Nós, imigrantes e descendentes, trouxemos do Líbano a paixão pelas letras, artes e ciências…

A Academia será um fórum de cidadãos comprometidos com essas expressões da civilização.

Esperamos que surjam ações conjuntas que beneficiem estas duas grandes nações.”

“Nós, imigrantes e descendentes, trouxemos do Líbano a paixão pelas letras, artes e ciências…

A Academia será um fórum de cidadãos comprometidos com essas expressões da civilização.

Esperamos que surjam ações conjuntas que beneficiem estas duas grandes nações.”